Homicídio nos EUA Gabby Petito traz um daqueles crimes verdadeiros que capturam a atenção global. Não apenas pela tragédia em si, mas pelos inúmeros detalhes que envolvem relacionamentos abusivos, desaparecimentos misteriosos e uma investigação que se desenrolou em tempo real nas redes sociais.
A história de Gabby e seu noivo, Brian Laundrie, ganhou destaque em 2021 e agora é revisitada na série documental da Netflix, Homicídio nos EUA Gabby Petito, dirigida por Julia Willoughby Nason e Michael Gasparro.
A produção de três episódios mergulha nos acontecimentos que levaram ao desaparecimento e à morte de Gabby, explorando os fatos conhecidos e as controvérsias que cercam o caso.
Quem era Gabby Petito?
Gabrielle “Gabby” Petito nasceu em 1999 em Blue Point, Nova York, e era a mais velha de seis irmãos. Em 2019, começou a namorar Brian Laundrie, um ex-colega do ensino médio. O casal se mudou para North Port, Flórida, onde moraram com os pais de Laundrie.
Ambos trabalhavam em uma rede de supermercados, mas, com a pandemia de COVID-19 em 2020, decidiram deixar seus empregos para embarcar em uma aventura cross-country em uma van, com o objetivo de criar um blog e um canal no YouTube sobre viagens.
Em 19 de agosto de 2021, Gabby e Brian postaram um vídeo no YouTube intitulado “Beginning Our Van Life Journey”, mostrando os primeiros momentos de sua jornada.
O casal parecia feliz, compartilhando momentos de acampamento, refeições e paisagens deslumbrantes. No entanto, menos de um mês depois, Gabby foi reportada como desaparecida.
O desaparecimento e a investigação
Em 12 de agosto de 2021, a polícia de Moab, Utah, parou o casal após receberem uma denúncia de que estavam discutindo em público. De acordo com testemunhas, Brian foi visto agredindo Gabby.
Durante a abordagem, Gabby admitiu ter batido em Brian primeiro, mas apresentava marcas no rosto. A polícia considerou Gabby a agressora e decidiu separá-los por uma noite, deixando-a com a van e levando Brian para um hotel.
Em 11 de setembro, a família de Gabby reportou seu desaparecimento após semanas sem notícias. Descobriu-se que Brian havia retornado sozinho para a Flórida em 1º de setembro, sem Gabby.
Ele se recusou a cooperar com a polícia, e seus pais orientaram as autoridades a falar apenas com seu advogado.
A descoberta do corpo e a confissão de Brian Laundrie
Em 19 de setembro, o corpo de Gabby foi encontrado no Parque Nacional de Grand Teton, em Wyoming. A autópsia revelou que ela havia sido estrangulada e que seu corpo ficou exposto por três a quatro semanas antes de ser descoberto. A morte foi classificada como homicídio.
Enquanto isso, Brian Laundrie desapareceu em 13 de setembro, segundo seus pais, que afirmaram que ele havia saído para uma caminhada na Reserva Carlton. Em 21 de outubro, restos humanos foram encontrados no Parque Ambiental Myakkahatchee Creek, confirmados como sendo de Brian.
Ele havia cometido su*cídio com um tiro na cabeça. Perto de seus restos, foi encontrado um caderno com uma confissão escrita.
No caderno, Brian admitiu ter tirado a vida de Gabby, descrevendo o ato como um “ato de misericórdia” após ela ter se machucado e pedido para “acabar com sua dor”. No entanto, a família de Gabby e seus advogados rejeitaram a narrativa, chamando-a de “absurda” e acusando Brian de tentar reescrever a história para evitar responsabilidade.
O impacto do caso e a série Homicídio nos EUA Gabby Petito
O caso de Gabby Petito ganhou atenção global não apenas pela natureza trágica do crime, mas também pela forma como se desenrolou publicamente. A cobertura midiática e a mobilização nas redes sociais transformaram o desaparecimento de Gabby em um dos casos de true crime mais discutidos da década.
A série Homicídio nos EUA Gabby Petito explora esses detalhes, utilizando imagens reais, gravações de câmeras corporais e depoimentos para reconstruir a história.
A série também levanta questões importantes sobre relacionamentos abusivos, a resposta das autoridades em casos de violência doméstica e o papel da mídia e do público em investigações criminais.
A família de Gabby tornou-se uma voz ativa na conscientização sobre violência doméstica, criando a Fundação Gabby Petito para ajudar outras vítimas e suas famílias.