A segunda temporada de Andor mergulha ainda mais fundo no universo sombrio da Rebelião, acompanhando a evolução de Cassian Andor (Diego Luna) de fugitivo a peça-chave na luta contra o Império. Lançada em 22 de abril de 2025 no Disney+, a nova leva de episódios apresenta um protagonista mais resoluto e disposto a pagar qualquer preço pela causa, enquanto revela os custos pessoais e éticos que envolvem essa luta.
Tay Kolma: de aliado fiel a ameaça silenciosa
Entre os desdobramentos mais dramáticos dos três primeiros episódios está o destino de Tay Kolma (Ben Miles), o banqueiro e amigo de infância de Mon Mothma (Genevieve O’Reilly). Responsável por auxiliar Mon a esconder transações suspeitas na primeira temporada, Tay retorna em um cenário muito diferente. Abalado financeiramente, separado da esposa e cada vez mais cínico em relação à causa rebelde, ele reaparece pedindo ajuda em meio aos preparativos do casamento arranjado da filha de Mon, Leida Mothma.
O reencontro, no entanto, ganha tons sombrios quando Tay começa a ameaçar Mon. Ele exige apoio financeiro em troca de silêncio, o que coloca a senadora em uma posição delicada, já que está sendo vigiada de perto pelo Império. Pressionada por todos os lados, Mon busca apoio de Luthen Rael (Stellan Skarsgård), que aciona Cinta Kaz (Varada Sethu) para resolver o problema. No final do terceiro episódio, fica implícito que Tay é assassinado, encerrando sua jornada de maneira trágica.
A dança de Mon Mothma e o peso das escolhas
A atuação de Genevieve O’Reilly tem sido um dos pontos altos da série, e seu momento de destaque veio ao final do episódio três, durante a cerimônia de casamento da filha. Em meio a decisões políticas desesperadas e perdas pessoais dolorosas, a dança de Mon expressa toda sua frustração e tristeza contidas. Em entrevista à Variety, O’Reilly comentou o impacto da morte de Tay:
“Rebelião tem muitas faces. Cada uma é importante e dolorosa, mas fazem parte de uma mesma ideia. O assassinato de Tay a assombra para sempre, porque ela entende que foi parte disso.“
A fala ressalta um dos pilares da segunda temporada: a Rebelião não é um ideal romântico, mas um processo sangrento, repleto de decisões difíceis e consequências irreversíveis.
Cassian Andor: o início de uma lenda rebelde
Enquanto Mon lida com traições e jogos políticos, Cassian Andor embarca em sua jornada como agente ativo da Rebelião. A temporada começa com uma missão ousada: roubar a nave TIE Avenger das mãos do Império. Mesmo enfrentando obstáculos, Cassian conclui a tarefa e parte para o próximo objetivo, em uma missão que o levará cada vez mais perto dos eventos de Rogue One.
Ao mesmo tempo, os amigos Bix (Adria Arjona), Wilmon (Muhannad Bhaier) e Brasso (Joplin Sibtain) tentam sobreviver em Min-Rau, vivendo como refugiados e enfrentando ameaças constantes. O passado traumático de Bix retorna com força quando ela é assediada por um oficial imperial. A situação culmina em uma luta violenta entre os imperiais e os habitantes locais, que termina com a morte trágica de Brasso. No caos, Cassian consegue resgatá-los, mas precisa deixar para trás o leal droid B2EMO, adicionando mais uma ferida emocional à sua jornada.
Intrigas imperiais e planos sombrios
A série também introduz novas dinâmicas entre os vilões. Dedra Meero (Denise Gough) e Syril Karn (Kyle Soller) agora estão juntos como casal, enquanto o diretor Orson Krennic (Ben Mendelsohn) avança no projeto da Estrela da Morte. Uma reunião secreta no Maltheen Divide revela seus planos para explorar o planeta Ghorman e extrair o mineral kalkite, vital para a superarma imperial.
Dedra propõe usar rebeldes incompetentes para desestabilizar a resistência, mostrando um lado ainda mais manipulador e cruel. Essas estratégias reforçam que o Império não mede esforços para consolidar seu domínio, o que obriga a Rebelião a agir com urgência — e, muitas vezes, com brutalidade.
O que vem pela frente em Andor
A segunda temporada de Andor terá 12 episódios no total, lançados em blocos de três por semana. Segundo o criador da série, Tony Gilroy, cada trio de episódios retratará um ano diferente na vida de Cassian, acelerando a narrativa em direção aos eventos de Rogue One.
Com mortes impactantes, dilemas éticos e intrigas políticas em todos os cantos, Andor se firma como uma das produções mais maduras e densas do universo Star Wars. O que resta agora é acompanhar como cada perda e cada escolha moldarão o futuro da Rebelião — e o destino de seus personagens.